Na semana passada em nossa coluna discorremos sobre as manifestações alérgicas ocasionadas por alimentos ou partes deles. Tão complexo como para os humanos o tema é assunto freqüente entre os veterinários. Enquanto a medicina dermatológica humana evolui diariamente a veterinária caminha a passos lentos e à sombra desta. Muitos dos medicamentos utilizados para tratar animais alérgicos são oriundos da farmacopéia humana, usados a partir da adaptação de doses e da maneira como serão administrados. Quando existe a suspeita de dermatopatia alérgica (nome complicado que descreve um grupo de problemas de pele oriundos de um quadro alérgico), ele deve ser investigado através de um exame simples e de baixo custo chamado biópsia de pele. O paciente é submetido à sedação leve e anestesia local e então removesse um fragmento de pele que será posteriormente encaminhado para um laboratório especializado. Em alguns dias o patologista envia o laudo com as prováveis causas da alergia. O laudo geralmente não aponta uma causa específica da doença porque as lesões observadas no grupo das dermatopatias têm semelhanças entre si. Nem toda coceira significa doença alérgica, muitas outras doenças sistêmicas podem desencadear doenças de pele. Por isso é indispensável a análise criteriosa do exame complementar ao exame físico e ao histórico do animal. Sabe-se que uma grande porcentagem de doenças recorrentes de pele pode ter uma patologia de base que envolva doenças hormonais como o hipotireoidismo e o hipoadrenocorticismo. Gisele Claudia Penso