Para tratar um felino agressivo, primeiramente devemos eliminar parte do comportamento felino normal, influenciada enormemente por uma história de socialização precoce, sexo, contexto social, manipulação e muitas outras variáveis. Também devemos descartar algumas doenças que causam alterações comportamentais semelhantes como crises convulsivas, encefalopatia, doenças metabólicas.
Se mesmo depois de uma avaliação onde for descartada alguma doença, aconselhamos aos proprietários: evitar provocações; observar sinais (chicotadas com cauda, orelhas baixas, pupilas dilatadas, cabeça curvada, garras possivelmente não recolhidas, tensão, rosnado baixo) e interromper o comportamento ao deixar com que o gato saia de seu colo, abandona-lo e recusar interagir com ele até que ele exiba um comportamento apropriado; desestimular uma correção física direta pois isso pode intensificar a agressão. Separar os gatos, mantendo o agressor ativo em uma área menos favorecida para reforçar passivamente um comportamento mais desejável.
Se mesmo com a modificação comportamental seu gato continuar agressivo, é um candidato a intervenção farmacológica com medicações ansiolíticas que aumentam os níveis de serotonina no sistema nervoso central. Mas os gatos sofrem mais efeitos colaterais relacionados com drogas que os cães.
Saiba que se não forem tratados, esses distúrbios sempre progredirão.
Shanaísa Frare Colossi.